terça-feira, 29 de março de 2011

...Diário de Anne Frank

Um filme que realmente me tocou. Numa quinta-feira fui para a aula de Português a pensar: fogo, que seca, auto-avaliação. Cheguei uns minutos atrasada e observei no quadro uma tela com o menu do DVD “O Diário de Anne Frank” projectado. Começámos a ver o filme e eu só pensava “que seca, este filme é tão lento, demora tanto a passar de cena para cena”. Comecei a aperceber-me que tinha a ver com a segunda guerra mundial e já me interessei um pouco mais. A segunda guerra mundial é, sem dúvida, a minha matéria preferida de História. Essa e as ditaduras de Salazar, o Estaline e afins, que antecederam a guerra. Depois teve de vir aquele Hitler estragar tudo, sinceramente… Foi algo desumano, a segunda guerra. Espero um dia poder visitar um campo de concentração.

Bem, continuando a falar do filme… Quem o narrava era uma jovem de 13 anos (que entretanto faz 14), Anne. Era uma incompreendida pela mãe, adorava o pai e achava a irmã mais velha a “perfeita e boazinha” para os pais. Por serem judeus refugiaram-se num anexo dos escritórios de um amigo. Entretanto foi lá ter um casal amigo deles que tinha um filho. Haverá uma história entre a Anne e o filho desse casal, o Peter. Viveram lá dois anos, nas piores condições e sem poderem fazer barulho enquanto os empregados estavam a trabalhar na cave. Apenas durante a hora de almoço e quando eles iam para casa é que podiam estar à vontade.

O trágico da história é que perto do final eles ouvem um comunicado pela rádio a anunciar que os Aliados estavam a invadir a Alemanha e iam conseguir salvar os judeus. Já sentiam o cheiro a liberdade. Já faziam planos para quando saíssem dali. Até que um dia finalmente os encontram. Não se vê mais nada no filme, apenas eles a descerem as escadas, levados pelos nazis. A cada pessoa que passava, a imagem parava e aparecia uma legenda, do género “Morto nas câmaras de gás, no campo de concentração de Achwitz, em Agosto de 1947”. Destes só sobreviveu um, os outros morreram por doença ou em câmaras de gás nos campos de concentração.

Esse momento e o antecedente em que se viam os nazis a descobri-los e Anne a chorar e a tremer imenso, emocionaram-me mesmo, pois aquilo foi real. O diário dela existe, o filme retratou uma situação real e por isso deixei mesmo cair uma lágrima.

Cheguei a casa e olhei para uma estante do escritório onde li: O Diário de Anne Frank. Foi mesmo coincidência, não sabia que a minha mãe tinha este livro em casa! Peguei nele e fui falar com os meus pais sobre o filme. Agora vou começar a lê-lo. O início tem duas páginas de impressão com a letra de Anne, escritas em Alemão, para vermos que foi real. Os meus pais disseram-me que o filme não deve estar nem metade dramático do que o livro está. Fiquei apreensiva, mas vou lê-lo. Quero. Interessou-me mesmo. Já suspeito é que vou molhar as folhas.

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